Semana passada, tentamos ir ao Pão com Carne, hamburgueria que tem sido muito falada por ser simples e muito boa. Mas apenas tentamos. Não nos atentamos ao funcionamento do feriado e ao chegar lá, demos com a cara na porta.
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Pra consertar a situação, pensamos em um lugar perto que ainda não conhecêssemos. Assim chegamos ao Burger Table da rua Tabapuã.

O espaço é pequeno, com uma agradável varanda (que se torna bem quente em dias de calor) e no salão, uma grande mesa comunitária.

O Burger Table funciona em um sistema parecido de fast food. Você chega, faz seu pedido no caixa e quando é chamado, vai buscar o seu lanche no balcão.

Logo na entrada, fomos abordados por um simpático atendente que nos perguntou se conhecíamos a casa e nos explicou direitinho como ela funcionava.
Mas se eles estiverem muito ocupados e não tiver ninguém pra te atender, não tem problema. As explicações do sistema e do cardápio estão pintados na parede, não tem erro.
As paredes pintadas com dizeres como os mandamentos Burger Table e os pontos da carne podem fazer a casa parecer um pouco pretensiosa, mas depois que você comer o lanche, vai perceber que ela não é. Tudo o que está escrito ali é seguido (quase) à risca.


O cardápio da casa conta com apenas três opções fixas de burgers. Uma delas, a mais pedida, é aquela que você pode montar o seu burger com os ingredientes que preferir, por um preço fixo de R$ 26,50.
Você escolhe o pão, com amêndoas ou sem; o ponto da carne; o tipo de queijo, prato, cheddar inglês, provolone ou mozzarela de búfala; bacon; cebola roxa, desidratada ou caramelizada; alface, rúcula, tomate, picles e os molhos, barbecue, maionese e ketchup da casa, ou mostarda.
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As outras opções são o Burger Table, com pão da casa com amêndoas, burger de 180g ao ponto, queijo prato, cebola caramelizada e rúcula, por R$26,50 ou o Burger Caprese, de pão da casa com amêndoas, burger de 180g ao ponto, mozzarela de búfala, tomate marinado e pesto de manjericão, por R$ 29,50.
Além dessas duas opções, eles sempre tem mais uma opção que muda mensalmente. Em março, era o El Diablo: pão preto de fermentação natural, burger de 180g grelhado no carvão, provolone crocante empanado em flocos de milho e maionese picante e vinagrete de pimentas brasileiras com cebola roxa (R$ 29,50).

Para acompanhar os burgers, porção individual de batata frita por R$ 9,50, sobremesas do dia pelo mesmo preço e uma carta variada de cervejas.
Pedimos uma porção de batata frita, um El Diablo e um burger que eu montei, com pão com amêndoas, carne mal passada, cheddar inglês, bacon, cebola roxa, rúcula, tomate, picles e molho barbecue.
Pra acompanhar, uma Backer Weiss, cerveja mineira que é a minha preferida de trigo e não é em todo lugar que vende. Sucesso!
Pagamos, sentamos e em menos de 10 minutos, o nosso lanche estava na mesa. Como a casa estava vazia, o garçom fez a gentileza de trazer os burgers até nós, mas o padrão da casa é que o próprio cliente busque o seu pedido.
Os burgers chegam enrolados em papel, dentro de uma cestinha, com maionese, ketchup e mostarda à parte (os dois primeiros, feitos na casa).

Quando abrimos o lanche, tivemos uma grata surpresa: o lanche tradicional da casa, aquele que eu montei, era o mais bonito e vistoso que eu já vi. Você pode achar que isso é besteira, mas como dizem por aí que comemos primeiro com os olhos, aquela beleza toda foi suficiente pra abrir ainda mais meu apetite e levar a minha expectativa quanto ao sabor do burger lá no alto.

Mas vamos por partes.
A batata estava gostosinha, mas nada demais. Feita na casa, ela estava um pouco seca e durinha em alguns pontos.
Os molhos também não fizeram todo o sucesso do mundo. A mostarda, industrializada, era boa, mas o ketchup da casa tinha um sabor pronunciado de vinagre e pouco encorpado, meio ralinho. O barbecue seguiu a mesma linha do ketchup, avinagrado, ralo, não agrega tanto ao lanche.
A maionese tem textura correta e sabor bem suave e cai muito bem com o burger.
Quando experimentamos os burgers, todas as expectativas absurdas que tínhamos foram superadas, exceto o ponto da carne.
O burger, além de lindo, é muito bem montado e o pão segura bem toda a suculência da carne.
O pão é delicioso, macio e com um toque adocicado.
O burger, de 180g, é melhor que a maioria servido nas hamburguerias de São Paulo por um detalhe que faz toda a diferença: ele é feito em grelha à carvão! Imagina um burger suculento com aquele gostinho de churrasco. Maravilhoso!
Ele também tem bastante sabor de carne e bem temperado, com sal na medida. O único erro no meu burger foi o ponto. Pedido mal passado, ele veio ao ponto. Isso me surpreendeu um pouco já que eles tem um quadro na parede explicando quais são os pontos e a atendente do caixa ainda me alertou que o mal passado era mal passado mesmo. Não era.
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Voltando aos outros elementos do burger: queijo cheddar inglês gostoso, de qualidade, e não aquela meleca cremosa servida por aí, salada fresca, bacon crocante e sequinho e cebola roxa crua fininha e bem lavada, para amenizar a ardência.
Tivemos a impressão de que todos os elementos do burger foram bem pensados e provados juntos diversas vezes, até se obter a melhor combinação.
Parece bobagem falar isso de uma coisa relativamente simples como um hambúrguer, mas o que mais se vê por aí é carne sem gosto de carne, salada meia boca, pão encharcado e queijo duvidoso. No Burger Table, não. O que você vai encontrar aqui é coisa boa.
O El Diablo também agradou, mas não tanto quando o primeiro, pois ele tinha alguns pontos que não faziam muito sentido. Começando pelo lado bom, o burger, o mesmo usado no outro sanduíche, também estava muito bom e com o ponto bem melhor que o primeiro, mas que mesmo assim, não estava mal passado. O provolone empanado em flocos de milho também agradou bastante. Mesmo pra quem não gosta muito do queijo, a textura crocante deixou o sanduba muito mais interessante. As nossas ressalvas quanto ao El Diablo são o uso do pão preto, que apesar de macio, não agregou nada ao sanduíche, pois o mesmo não tinha um sabor diferenciado e a nossa maior decepção quanto ao El Diablo foi a incoerência do nome, uso de ingredientes e sabor.
Com este nome, maionese picante e vinagrete de pimentas brasileiras, esperávamos que ele fosse realmente picante, que ardesse. Mas a pimenta, por algum motivo, desapareceu. Ele não era nada picante, mesmo que você comesse a maionese ou o vinagrete puros. Um lanche bom, porém incoerente no conceito.

Deixamos o El Diablo um pouco de lado e nos deliciamos no meu burger montado, com uma das melhores carnes de hamburgueria de SP.

O Burger Table ainda precisa acertar alguns detalhes, mas tem um dos melhores burgers da cidade e potencial pra se tornar uma das melhores hamburguerias da cidade.
Te cuida, Monday Night!
Burger Table (http://www.burgertable.com.br/)
Rua Tabapuã, 1445 – Itaim – SP – (11) 3168-0121 – Estação de trem mais próxima: Cidade Jardim (700m)
Segunda a quinta, das 12h às 15h e das 18h30 à 0h; sexta, das 12h às 15h30 e das 18h30 à 01h; sábados, das 12h à 01h e domingos e feriados, das 12h às 23h.
Gastamos R$ 84,25 com dois burgers, uma batata, uma cerveja e uma água.
E você, já foi no Burger Table? Deixe nos comentários o que achou da casa.
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Arquivado em:Comida, Delicinhas, Restaurantes, SP Tagged: burger, Burger Table, Hambúrguer, hamburgueria, Itaim, SP
