No começo de março, eu e o Thiago comemoramos dez anos de namoro. Como íamos passar este dia em São Paulo, procuramos um lugar que tivesse boa comida e onde pudéssemos tomar um vinho que há muito tempo estávamos guardando para essa ocasião. A nossa escolha foi o Chou, em Pinheiros.
(Um adendo antes que você continue a ler este post. Não fomos com o objetivo de fazer review, e nem a nossa câmera levamos. Portanto, as fotos deste post foram feitas com celular, sem nenhum intuito de serem profissionais ou produzidas, uma vez que o objetivo da noite era comemorar, e não trabalhar).
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Encontrar restaurantes que não cobre taxa de rolha em São Paulo não é das tarefas mais fáceis. Mas recentemente saiu uma lista do Paladar e dentre as opções, resolvemos testar o Chou, um restaurante que há muito nos falavam pra conhecer.
O Chou fica em uma casinha linda em Pinheiros e já ao abrir a porta, você percebe estar em um ambiente muito romântico, com luz baixa, atmosfera aconchegante e música francesa, na maior parte do tempo.

Essa atmosfera se torna ainda mais romântica se você sentar no jardim que fica no fundo do restaurante, altamente disputado todas as noites. Não tinha mesa disponível e sentamos na parte interna, logo na entrada do restaurante, o que se revelou um grande acerto, já que recebemos um atendimento incrível do garçom que estava responsável pela área naquela noite. Infelizmente não lembramos o nome dele (acho que era Gustavo), mas quando for lá, é só procurar pelo garçom que parece o Criolo.

Para levar o seu vinho até o Chou, não há nenhuma burocracia. Não precisa avisar antes e nem conversar com o sommelier. É só levar o rótulo (leve alguma coisa especial) e entregue para o garçom fazer o serviço quando chegar no restaurante. No nosso caso, levamos um Stag’s Leap Cabernet Sauvignon 2005 que compramos quando visitamos a vinícola californiana e que há muito tempo estávamos esperando uma ocasião especial para abrir.
O tratamento que o nosso vinho recebeu foi extremamente profissional e eu encorajo você a levar qualquer vinho especial que tenha ao Chou.

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Antes de começar com o vinho, pedimos alguns drinks. Eu fui de Bellini de Lichia (R$ 28), feito com espumante e a fruta em calda. Gostoso, docinho, nada inesquecível.
O Thiago pediu o drink do dia (R$ 25), que não tinha nome e era inspirado em um Old Fashioned feito com bourbon.
Este drink estava excelente, equilibrado, maravilhoso. Vale a pena torcer para que este seja o drink do dia na sua visita.

Depois dos drinks, resolvemos deixar o couvert de lado, que é composto por pão rústico caseiro, azeite grego e dukka (R$ 10,20 por pessoa) e partimos direto para as entradinhas, muito mais interessantes.
O cardápio de entradas do Chou, chamado de mezze, com pequenas porções para partilhar, é super interessante e dá vontade de ficar somente nele, provando várias entradinhas diferentes, de tão variado, extenso e interessante que ele é.
Vegetarianos também vão amar essa parte do cardápio, que traz diversas opções deliciosas sem carne.

Depois de muita discussão, pedimos a Ultra-cremosa mozzarella de búfala com salsa rústica de limão, alho & anchovas, R$ 37.

O cardápio dizia que todos os mezze vinham acompanhados de picles feitos na casa, salada de ervas frescas e azeitonas marinadas.
O nosso veio sem e o único deslize de atendimento que tivemos na noite toda foi esse, quando precisamos solicitar para dois garçons diferentes que nos trouxessem os picles.
Deixando esse assunto de lado, o mozzarella de búfala estava maravilhosa. Ela era realmente muito cremosa, fresca e leve, e a salsa de limão estava muito delicada, sem mascarar o sabor do queijo.
Mesmo estando delicioso, o que roubou a cena no mezze foram mesmo os picles da casa (ainda bem que eu insisti para que o garçom trouxesse). Cenoura, cebola e nabo estavam perfeitamente curtidos em uma mistura ácida sem ser agressiva ao paladar e azeitonas marinadas deliciosas acompanhavam. Poderia ter comido só isso com um pãozinho de entrada. Pena que a salada de ervas frescas nunca chegou à mesa.
O picles do Chou é um dos pontos fortes da casa e você não deve deixar de provar.

Conversa vai, conversa vem, trocam-se olhares, confissões e memórias de uma vida de uma década juntos.
Vinho aberto e a sensação de que valeu a pena esperar 12 anos para degustá-lo. Uma joia que combinou perfeitamente com o momento.
Mais lembranças – e um dia eu conto a história de como compramos essa garrafa, que era a última na vinícola.
Clima bom no restaurante, vários casais nas mesas ao lado conversando baixinho, música boa, serviço discreto e nos animamos para os pratos principais.
Eu fui de Bisteca Prime de porco com sálvia, manteiga e limão, descrita no cardápio como suculenta e gratificante (R$ 58).

Recebi um pedaço enorme de carne de porco, alto, vistoso e cheiroso. Quando cortei aquela carne macia, vi um ponto que dificilmente algum restaurante tem coragem em servir para carnes de porco, a carne estava ao ponto, ainda meio rosada, e extremamente agradável e bem cozida. Achei ousado servir carne de porco desse jeito e por mais que eu tenha adorado, tenho certeza de que muitos clientes devolvem a carne para “passar mais”.
A pessoa que escreveu o cardápio foi muito feliz na descrição desse prato e certamente, ela o provou antes de escrever sobre ele. É suculento e extremamente gratificante, aquele tipo de gratificação que você merece depois de um dia difícil.
Se você é da carne de porco, peça a do Chou.
O Thiago, mais preocupado em comer o que lhe deu vontade do que harmonizar o vinho, foi de Carapau grelhado inteiro, com gengibre, pimenta vermelha, limão, coentro e azeite de gergelim, R$ 67.

Mais uma vez a acuracidade do cardápio nos surpreendeu. Fresquíssimo, dizia. E realmente, o carapau estava muito fresco. Fresco e delicioso.
E se tem uma coisa que a chef Gabriela Barretto sabe é lidar com a grelha e o fogo.
O peixe estava no ponto perfeito e chegou à mesa quentinho, suculento e muito saboroso. O garçom faz o serviço do peixe à mesa, apresentando-o inteiro e depois tirando os filés, e separando os ossos devidamente, para tornar o ato de comer mais fácil para o comensal.
O acompanhamento, pedido à parte, foi a batata doce assada na brasa com manteiga (R$ 15), uma deliciosa batata, bastante doce, com aquele toque defumado da brasa.
Os pratos são todos bem servidos e vão te deixar bem satisfeito.
Acertamos nos pratos. Comemos muito bem.
Por mais que já estivéssemos cheios, ainda tinha um espaço miúdo para a sobremesa.
Influenciados pela sugestão do garçom, provamos a ótima Torta de coco e limão, servida com um pouco de laban, um tipo de iogurte (R$ 20).

Untuosa e radiante, dizia o cardápio. E era isso mesmo: uma combinação perfeita da untuosidade do coco e do laban, com a radiância do limão. Uma ótima sobremesa.
Terminamos o jantar com uma taça de excelente Limoncello feito na casa (R$ 15).

Para deixar os ânimos ainda mais inflamados, depois de uma grande noite, uma xícara de ótimo café coado da casa.

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Enfim, comemoramos os dez anos em grande estilo. E com o Chou sendo o palco pra esse dia tão especial.
Sim, é verdade que o Chou não é um restaurante barato, mas vale o investimento para uma ocasião especial ou para comemorar as conquistas da vida.
Chou (http://chou.com.br/)
Rua Mateus Grou, 345, Pinheiros, SP – (11) 3083-6998 – Metrô mais próximo: Fradique Coutinho (450 m)
Terça a quinta, das 19h às 23h45; sexta e sábado, das 19h a 0h30.
Gastamos R$ 320.
Qual o seu restaurante favorito em São Paulo para momentos românticos e comemorações? Deixe sua opinião na caixa de comentários abaixo.
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