Inaugurou essa semana em São Paulo o 1041 Station, um novo conceito de “bar” inspirado nas estações de metrô novaiorquinas e nós fomos convidados para a festa de lançamento, para conhecer a operação e hoje conto pra vocês aqui no blog o que eu achei.
+ Veja o que fazer em SP neste feriadão +
O 1041 Station fica quase em frente à Praça Benedito Calixto. O 1041 do nome faz referência ao número do endereço, o 1041 da rua Teodoro Sampaio.
A casa fica no espaço onde antes era o Mercado Pop e a configuração do ambiente não mudou muita coisa.
O ambiente, escuro, é agradável e típico de bar, com mesas de madeira, porém não remete muito ao metrô de Nova York. São poucas referências, como as placas de cada operação e uma foto grande envelopando o ambiente ao fundo, mas pra falar a verdade, não me senti “como se estivesse no metrô de Nova York”.
+ Onde comer em Nova York? A Magali dá a dica +
A música tocada no dia do evento de lançamento também estava bem boa, a cargo do famoso Kid Vinil.
Acho que ele não será residente na casa, mas se os DJs de lá seguirem a mesma linha, a música é ótima e mantém o ambiente bem animado!
Além do piso superior, onde ficam as principais operações de comida e o bar, há ainda o piso de baixo, com uma loja de vinil e uma grande mesa de sinuca. Me parece que ainda não está bem definido o que haverá lá embaixo, pois há bastante espaço livre, mas de qualquer forma, já dá pra aproveitar um pouco todo o espaço do 1041.
O 1041 conta com um bar próprio em que o foco são as cervejas artesanais, uma lojinha de roupa, uma de óculos e três estações de comida, operadas por três food trucks já conhecidos na cidade.
Essas operações serão fixas, ou seja, você sempre encontrará a mesma comida por lá. São eles: Thai Thai Brasil, de comida tailandesa; Maria Gasolina, de burgers e Espetaria e Bafo, com carnes em geral.
Eu ando meio escaldada de food truck. Apesar de gostar, apoiar a causa e saber que tem muitos que servem comida boa na cidade, é tanta coisa ruim e mal cuidada que eu já provei, que sempre fico com o pé atrás quando me falam de um novo food truck ou food park da cidade.
Mas como diminuir qualquer tipo de preconceito é quase um mantra na minha vida, fui de coração aberto, super a fim de conhecer o que a casa tinha de melhor.
+ Conheça os Carburadores, que fazem a melhor comida de rua de SP +
Começando pelo bar, são dez torneiras de chope de diferentes estilos servindo Cevada Pura, Coruja, Bamberg, Dom e Schornstein, além de cervejas artesanais em garrafa e opções mais massificadas, como Heineken e Stella.
Provamos alguns chopes e todos eles foram muito bem tirados pela equipe de bar. Eles mudarão de tempos em tempos, então a graça é ir sempre para provar chopes diferentes.
Os chopes também podem ser servidos em quatro tamanhos diferentes: half pint (235 ml), tulipa (400 ml), pint (437 ml) e weiss bier (600 ml). O que é ótimo pra quem não quer tomar um copão enorme de um chope só.
O 1041 também tem a opção do growler da casa, de 1 litro, que você pode encher com qualquer chope e é muito bom pra levar pra casa e beber com os amigos.
Apesar de ser um bar com bastante cara de auto-serviço, o 1041 tem um ótimo atendimento em mesa. Mesmo sendo o primeiro dia de operação, a equipe já estava bem afinada e treinada para atender com eficiência e simpatia, sabendo bem o cardápio e o conceito da casa.
Um agradecimento especial para o Cauã, que nos atendeu super bem!
Falando da comida, começamos com uma porção de Batatas fritas holandesas (R$ 20) do Maria Gasolina.
Apesar de estarem bonitas, crocantes e bem sequinhas, elas eram fritas com Cukin Fry, uma gordura vegetal muito usada em food service e que deixa um sabor bem característico ~e não muito agradável~ em tudo o que é frito com ela.
O começo não foi legal, mas depois melhorou MUITO. Em seguida, recebemos uma pequena degustação dos lanches do Maria Gasolina.
Provamos o Burger de Fraldinha Angus (R$ 25), com 180g de carne, cheddar fatiado, cebola caramelizada, maionese verde e pickles no pão australiano; o X-salada (R$ 22), pão, carne, queijo, alface, tomate e maionese verde; o Dogão artesanal (R$ 22), com salsicha weisswurst artesanal, queijo, pickles e molho de mostarda escura na baguete; e a Baguete veggie (R$ 22), com falafel, tahine e maionese verde.
Depois de provar todos os principais lanches da casa, tenho que dizer: os caras entendem MUITO de ponto de hambúrguer.
O melhor de todos, na nossa opinião, foi o Burger de Fraldinha. Carne servida ao ponto pra mal, suculenta e saborosa, bom pão, lanche bem montado que não se desfaz todo, cheddar de boa qualidade e cebola caramelizada deliciosa: doce na medida. O burger dos caras foi uma surpresa e eu, que não estava esperando nada, gostei de verdade.
O X-Salada também estava delicioso. Carne seguindo o padrão de ponto, saborosa, temperada na medida, salada fresca. Tudo o que você quer do bom e velho X-salada.
Só não gostamos muito da Baguete veggie: o falafel tinha o mesmo gosto da Cukin Fry e estava meio seco, faltava mais molho de tahine.
Mas vai nos burgers dos caras que não tem erro.
Em seguida, tivemos mais uma boa surpresa da noite. Fomos de comida tailandesa com o Thai Thai Brasil.
Começamos com o Thai Roll (R$ 25), 12 unidades de rolinhos tailandeses envolvidos na folha de arroz, recheados com mix de folhas verdes, legumes e kani, aromatizado com hortelã e servido com dip picante de amendoim.
Os rolls estavam gostosos, mas nada inesquecível. Mas estavam bem feitos, com folha de arroz de qualidade, na textura certa, sem estar empapada e legumes crocantes. O dip de amendoim também era gostoso, bem apimentado. Mas achamos que faltava mais tempero, pois nem sentimos o aroma de hortelã.
Segue o jogo.
Tenho que dizer que o que mais gostei da comida do Thai Thai Brasil é a quantidade e a potência da pimenta que eles colocam na comida.
Eu adoro pimenta e tem certas comidas, como a tailandesa, que precisam ser apimentadas. Mesmo assim, é difícil encontrar lugares em São Paulo que façam comida apimentada. Parece que tudo é abrandado para “caber” no paladar paulistano.
Aqui não.
Quando fui fazer meu pedido, o atendente me perguntou qual era o nível de pimenta que eu queria no meu prato.Se eu não me engano, podia ser fraco, médio ou forte. Perguntei quão forte era o forte e ele me disse que era pra quem gostava de pimenta, mas que não ia incendiar a minha boca. Descrição perfeita para o que veio no prato.
Pedimos um Pad Thai de Camarão (R$ 35), tradicional macarrão de arroz tailandês, preparado com legumes, cogumelo shitake, tomate sweet grape, moyashi, cebola roxa, ervas aromáticas e especiarias, regado ao molho especial à base se tamarindo.
Quando o Pad Thai chegou, o cheiro já anunciava algo muito bom. Estava delicioso.
Molho com gosto correto de tamarindo, camarão e macarrão cozidos no ponto certo, legumes idem e tudo muito gostoso. A pimenta foi o ponto alto. Se você não é muito fã de pimenta, peça o nível médio. Pra nós, estava perfeito. Forte, presente, saborosa, mas sem dominar o prato todo. Arrasaram.
O Thiago só não gostou muito do corte de alguns legumes, que faziam o Pad Thai parecer um grande yakissoba. Mas fora isso, tudo certo.
Ficamos tão animados com o Thai Thai Brasil que resolvemos pedir outro prato. Ainda bem.
Fomos de Khao Kung de camarão (R$ 33), camarões cozidos no leite de coco, acompanhados de tomate sweet grape, cebola roxa, ervas aromáticas e especiarias, servidos no arroz de jasmim puxado na cúrcuma.
Esse estava ainda melhor que o Pad Thai. Novamente, pimenta super presente, mas com a doçura do leite de coco dando uma acalmada no paladar. Arroz e camarão cozidos no ponto e o sabor do molho de ostra foram os pontos que faltavam para tornar o prato o nosso preferido da noite.
Foi a grande surpresa da noite!
Pra terminar, provamos a comida do Espetaria e Bafo, que foi a única que não nos agradou.
Provamos o Cupim (R$ 35), que apesar de saboroso e macio, estava um pouco ressecado.
Em seguida, provamos a berinjela (R$ 8), que foi o que achamos mais gostoso deles. Berinjela saborosa, bem temperada, úmida e com bom queijo por cima.
Pena que não tivemos a mesma sorte nos espetinhos de carne (R$ 8) e de linguiça apimentada (R$ 8).
Apesar de estarem gostosinhos, eram pequenos e vinham com uma porção beeeem pequena de farofa e vinagrete, ambos sem tempero nenhum.
O que mais gostamos do 1041 Station foi a possibilidade de atender públicos diversos em um mesmo ambiente.
É difícil achar bares que agradem pessoas com diferentes gostos para comida, mas lá, um pode comer no thai, outro burger e mesmo assim ficar no mesmo ambiente, curtindo o mesmo grupo de amigos.
O ambiente acomoda gostos e personalidades diferentes e esse é um dos pontos altos da casa.
A comida me surpreendeu, os chopes são bem tirados, atendimento bom e ambiente legal.
Ah! No final, ganhamos de presente o growler da casa. É o meu primeiro growler e fiquei apaixonada por ele. Além de ser super útil para levar sua cerveja pra casa, é um bom presente de Natal para aquele amigo cervejeiro.
Já não vejo a hora de voltar lá pra enchê-lo novamente.
Tem tudo pra bombar!
1041 Station (https://www.facebook.com/1041station/)
Rua Teodoro Sampaio, 1041, Pinheiros, SP – (11) 2886-4907 – Metrô mais próximo: Clínicas (1,1 km).
Terça a quinta, das 11h às 22h30; sexta e sábado, das 11h às 23h e domingo, das 11h às 22h.
Quer que a Magali conheça algum lugar específico de SP e conte aqui? Deixe aqui um comentário com as suas sugestões que nós colocaremos na nossa lista de lugares.
Gosta do Magali Viajante? Então não esquece de seguir a gente em todas as mídias sociais. Tem conteúdo exclusivo para o Facebook, Instagram,Twitter,YouTube e até Snapchat. Segue lá!
O post 1041 Station: Novidade na Praça Benedito Calixto apareceu primeiro em Magali Viajante.