Semana passada, o Taco Bell abriu a sua primeira unidade no Brasil e não podemos deixar de relembrar essa genial campanha da marca:
O lugar escolhido para a primeira loja da marca foi o Brascan Open Mall no Itaim, em SP, ali onde fica o cinema Kinoplex, mas eles prometem abrir mais três casas em breve, todas dentro de shoppings.
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Apesar de não ter feito tanto barulho nas mídias sociais, esperamos passar os primeiros dias de abertura, por causa das filas, e fomos conhecer a casa na última quarta feira.
Eu nunca havia comido no Taco Bell antes, portanto essa foi a minha experiência com a marca de comida de inspiração tex-mex.
Pra mim, esse foi um bom ponto de partida, uma vez que pude avaliar a casa sem o viés comparativo de conhecer a operação nos Estados Unidos, como aconteceu com o Wendy’s, por exemplo.
Decidimos ir à noite, já que na hora do almoço a praça de alimentação do Kinoplex já é suficientemente irritante, com novidade ou não.
Chegamos às 20h10 e havia uma fila considerável na porta. A fila estava organizada, mas andava devagar e só conseguimos fazer o nosso pedido às 21h10, uma hora depois.
Isso pode ser explicado talvez pela existência de somente dois caixas abertos (havia mais um caixa, fechado), mesmo sendo a semana de abertura, em que a casa já poderia esperar um grande movimento.
Apesar dos funcionários estarem bem treinados, estavam em número insuficiente. Talvez exista alguém no mundo que ainda invista na estratégia de fila na porta. Credo!
A unidade do Itaim é pequena e tem a cara do Taco Bell do resto do mundo. Letreiro roxo, ambiente simples, fast food sem nenhuma firula ou pretensão de ser gourmet.

Lá dentro, uma mesa alta coletiva e duas mesas pequenas, para duas e quatro pessoas. Também dá pra pedir e comer na praça de alimentação, se não estiver muito frio.
O sistema de atendimento é o clássico de qualquer fast food. Escolhe as opções no letreiro, pede no caixa, paga e espera ser chamado pelo nome.

Já na fila fomos escolhendo o que pediríamos, em um cardápio impresso que estava rolando pra lá e pra cá. Tiramos algumas dúvidas com um funcionário que estava organizando a fila e controlando o acesso à loja. Todo o atendimento foi educado e eficiente, sinal de um bom treinamento. Esse funcionário nos contou que, por enquanto, para não pegar fila, você tem que ir durante semana, entre as 10h e às 11h30 ou entre as 15h30 e 18h. Fora desses horários, é confusão na certa!
Ele também nos disse que além de fazer eventos especiais pré-abertura para a imprensa e convidados, também teve um dia em que todos os funcionários puderam levar a sua família para conhecer a casa. Achei um detalhe bacana!

O cardápio é de fast food, com combos que você pode pedir pelo número. São cinco opções de combos, que acompanham bebida + batata frita ou nachos.
Além dos combos, ainda há opções de lanches individuais, molhos, sobremesas e bebidas.

A primeira coisa que nos chamou a atenção foi o preço. É um pouco mais barato que outras redes, como McDonald’s e Burger King e isso, aliado às localidades em que as próximas lojas estarão, são um indicativo de que aqui, eles manterão o mesmo posicionamento que tem nos Estados Unidos: fast food simples, comum, barato, sem premiumnizar nada. Justo.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato do cardápio não citar, em momento nenhum, que é um fast food mexicano, ou tex-mex. Eu tinha na cabeça a ideia de que o Taco Bell era inspirado no México, mas vi que eles não usam isso em nenhuma comunicação. É claro que usam alguns ícones do país, como os tacos, os burritos, guacamole… Mas não falam e nem parece que querem ser classificados como mexicanos, até porque não são.
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Depois de ler o cardápio todo, que não é muito extenso, decidimos provar o Big Bell Box (R$ 38 a versão com steak), pra provar um pouco de cada coisa.
Esse combo gigante, que aparentemente é pra apenas uma pessoa, vem com burrito supreme, cheese quesadilla, crunchy taco, bebida, fritas ou nachos.
Em qualquer um dos lanches, você pode escolher entre três opções: beef (carne moída), frango ou steak (carne em fatias) e o preço será diferente para cada uma das proteínas. O beef é o mais barato e o steak, o mais caro.
Além disso, você também escolhe a quantidade de pimenta que vai querer: sem pimenta, suave, moderado ou forte.
Pedimos o Big Bell Box com fritas + uma porção de nachos + um guacamole + uma porção de churros de sobremesa. Por tudo isso, pagamos R$ 51,90 e foi comida mais que suficiente para duas pessoas.
A cozinha tem um grande vidro que deixa os clientes verem os pedidos serem preparados e apesar de trabalharem muito, o nosso pedido demorou 15 minutos pra sair. Not so fast…

Quando finalmente saiu, percebemos que o Taco Bell está com um grave problema de packaging. Enquanto nas fotos do cardápio tudo vinha em uma caixinha de papel preta, na real veio tudo embalado apenas em papel em cima da bandeja. Até a batata frita e os nachos vieram naqueles saquinhos de papel branco de festa infantil. Pra quem diz que embalagem não importa, tente perceber a sua reação ao receber um lanche embrulhado em qualquer papel e outro em uma embalagem bonita.

Fomos descobrindo e provando o lanche por partes e tivemos algumas surpresas e algumas decepções.
Começando pela parte boa, os Crunchy Tacos foram a estrela da noite. Pedimos o de frango, que vinha com alface, tomate, queijo e sour cream, dentro de uma tortilla crocante.
Apesar de pequeno, ele estava bem gostoso. A tortilla era saborosa e bem crocante, o frango estava macio e úmido, a salada trazia frescor e textura e o sour cream, mesmo sendo pouco azedo, não incomodava. O molho de pimenta, que pedimos moderado, tinha gosto de pimenta e realmente era moderado. Foi o que eu mais gostei de lá.

Em seguida, provamos o Burrito Supreme de steak, com feijão, queijo, sour cream, tomate, cebola e alface.

Este pedimos com molho forte, e temos certeza de que a maioria das pessoas realmente vai achar o molho forte demais. Pra nós, estava delicioso!
Mas era a única coisa deliciosa do burrito. Não estava ruim, mas faltava gosto e tempero em todos os ingredientes.
A começar pela tortilla macia, que mais parecia um Rap 10. A carne não tinha nenhum tempero e carecia de um gosto de chapa ou grelha (sim, eu sei que não está escrito em lugar nenhum a forma que a carne é feita, mas esse é o tipo de gosto que faz diferença em uma carne e em um taco).
O feijão não tinha gosto de nada e o único sabor que se sobressaía era o da pimenta.

Em seguida, partimos para a Cheese Quesadilla, que foi a maior decepção da noite.

Sabe quando você não tem nada pra comer em casa, pega um Rap 10, coloca queijo mussarela dentro e põe na torradeira pra derreter o queijo. É assim a quesadilla do Taco Bell. Não perca seu tempo e nem dinheiro com esse lanche.

Os acompanhamentos estavam bons. A batata frita é sequinha e com um tempero picante em pó. Não sei bem como batatas fritas combinam com o resto do menu, mas como são gostosas, vale a pena provar.

Os nachos também são bons, sequinhos e crocantes, tipo uma versão muito melhorada de um Doritos. Só dispense o queijo que acompanha, um cheddar cremoso típico de fast food.

O guacamole (R$ 2) surpreendeu. Feito com avocado, fresco, bem temperado, com coentro de verdade e melhor do que o de muito restaurante “mexicano” por aí. Pena que a porção, que vem em um copinho de café, é muito pequena e que nenhum lanche tem a opção de adicioná-lo. Sem dúvida, uma das melhores coisas da casa.

Por último, provamos o Churros (R$ 6), que vem em cinco unidades pequenas.

No cardápio diz que eles são recheados de doce de leite, mas em dois deles, quando mordi, só achei um vestígio do doce, nem gosto tinh. Se você está esperando encontrar churros bem recheadão, com doce de leite escorrendo, é melhor comprar no quiosque da praça de alimentação do Brascan, porque o daqui é bem ruinzinho.

Em tempo: não provamos a outra sobremesa da casa, chamada Chocodilla, uma tortilla recheada com creme de Ovomaltine. Ainda bem. Vimos na mesa ao lado como era e o Thiago carinhosamente apelidou de Choco-armadilha. Lembra do Rap 10 com queijo que citei anteriormente? É só trocar o queijo pelo creme de Ovomaltine e chapar bem, até ficar com a espessura de uma folha de papel. Bem melhor e mais barato fazer a versão caseira!
Por fim, a nossa experiência no Taco Bell não foi lá grande coisa.
Se vale a pena sair de casa, ir até lá e enfrentar fila pra provar? Não!
Se estiver por ali e quiser fugir das outras opções de fast food, vá.
Não é medonho, mas trash por trash, eu ainda fico com o McDonald’s.
Taco Bell (http://tacobellbrasil.com.br/)
Rua Joaquim Floriano, 466 – Itaim Bibi – SP (Brascan Open Mall) – Estação de trem mais próxima: Cidade Jardim (1,8 km).
Abre todos os dias, das 10h às 22h.
Gastamos R$ 51,90 pedindo tudo o que vocês leram acima.
Ah! Vale dizer que é bom ficar espero com o horário de funcionamento. A loja fica aberta até às 22h, mas se tiver fila, ela fecha lá pelas 21h40.
E você, já foi no Taco Bell aqui? É diferente das unidades dos Estados Unidos? Deixe seus comentários abaixo.
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